terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

às escondidas


Da copa, por detrás da pinheira alta
Misteriosa vieste e sedutora
Espreitar-me no caminho. Aquela hora
De noite a vir, de dia que já falta

Súbita, há uma alegria que me assalta
E súbita e tão falsa se demora
Em mim quão falsa em ti e enganadora
É a luz com que brilhas na ribalta

Nalgumas curvas fujo-te na estrada
Jogamos, infantis, às escondidas
Sempre me apanhas, altiva e silente

Derramas-te em luar incandescente
Nas muralhas do Castelo e, vencidas
Abro as portas da torre do meu nada

1 comentário:

Anónimo disse...

Belo e Profundo... Só poderia ser teu! Beijinhos