segunda-feira, 2 de abril de 2007

vaso de barro

Vazio de mim
Pareço erguer-me
E habitar a Palavra
Vazio de sede
Sou vaso de barro
Que se abeira da fonte
Vazio de olhar
Contemplo o Céu
Com olhos de criança
Vazio de emoção
Choro lágrimas amargas
Com sabor de alegria
Vazio de porquês
Sou penosamente esmagado
Pelo peso do divino
Vazio de limites
Sou água derramada
Na terra ardente de secura

1 comentário:

Anónimo disse...

Deixar-se ser o nada, para ser habitado pelo "Tudo."
Heverá maior gozo neste mundo?