sexta-feira, 4 de julho de 2008

Imperativo


Ainda que ninguém leia
Escreve

Deixa que a Palavra
Estilhaçada em palavras
Rasgue os teus lábios

Incendeia
A polpa dos dedos
As teclas premidas
E disfere os raios
Que te queimam a alma

Ainda que ninguém leia
Escreve

Regurgita o pão
Que os teus olhos comeram
Matarás a fome de ninguém
E ficarás saciado

1 comentário:

Anónimo disse...

Ainda que ninguém leia escreve:
Para mim, escrever é deixar sair do coração as nossas emoções!
Logo, ao escrever, sou eu que liberto ao vento o que sinto.
Para os outros? Para mim?
Importa?