Volto como a luz ténue do luar Vagueio em volteio preguiçoso
A noite é toda minha e posso ser Um único suspiro silencioso Um hálito de gelo aquecedor Um manto derramado sobre um mar De grávidas colinas e sobreiros
Sobre tudo depondo uma carícia Das minhas mãos que tocam sem tocar
eu sou o que viaja os caminhos indefinidos
da memória
e sem rosto aparece
no futuro das visões
passado que é o presente
sou o que a si mesmo se destece
à procura do fio da vida vivida e por viver